Publicar ou perecer (2) Por que publicar? – A divulgação científica.

Barragem do Xingó

Encontrar o Professor Evandro Mirra é sempre uma oportunidade para ampliar os horizontes. Desta vez, em Ouro Preto em 6 de maio, não foi diferente. Pude contar ao colega as duas viagens que fiz em decorrência da leitura do seu livro “A Ciência que sonha e o verso que investiga”.

Uma, a viagem física, foi para a barragem de Xingó no médio São Francisco. Nas cercanias da barragem, no município de Canindé do São Francisco, em Sergipe, pude ver o efeito positivo da ação do CNPq materializada no Museu Arqueologia do Xingó, que preserva uma parcela do acervo arqueológico coberto pela imensidão da represa. Também pude aprender muito sobre a arqueologia, a cultura e as belezas da região que têm nos canions do rio São Francisco seu carro chefe.
A outra, a viagem intelectual, guiada por seu livro-bússola, foi rumo aos caminhos nordestinos, cariocas, mineiros e paulistas trilhados pelos brasileiros rumo ao uso do álcool como combustível. Por meio de “A ciência que sonha e o verso que investiga” cheguei ao livro “A Saga do Álcool”. Por meio deste cheguei à obra clássica de Sabino de Oliveira,  “Álcool Motor e Motores a Explosão” que pretendo resenhar neste blog.
Não tivesse Evandro Mirra publicado suas reflexões, eu não teria feito as duas viagens que fiz nem teria alargado meus horizontes. Cabe então recordar que publicar é para o intelectual uma tarefa mais ampla uma vez que, como expressou o Prof. Carlos Vogt “A cultura científica desenha uma espiral que se movimenta em quatro quadrantes. Seu ponto de partida é a produção e difusão da ciência entre os pares, função que envolve pesquisadores e o aparelho institucional de fomento e produção do conhecimento; se amplia para o ensino da ciência e formação de cientistas, envolvendo cientistas, professores e estudantes, desde o ensino fundamental até a pós-graduação; avança em direção do ensino para a ciência que tem como atores desde professores e diretores de museus até jovens estudantes, e completa um círculo com a divulgação científica, quando o conhecimento produzido reverbera para a sociedade como um todo antes de reiniciar o ciclo, cada vez mais estendido” .
Nesse caso (e talvez em todos!) a obra escrita desligou-se de seu autor e foi servir de bússola para um leitor curioso. Obrigado Evandro!
Amilton Sinatora

3 Responses to Publicar ou perecer (2) Por que publicar? – A divulgação científica.

  1. Salomão disse:

    Caro amigo, recomendo que na sua próxima viagem leve um GPS, pois você errou um pouco (1835 km) onde fica o MAX (Museu de Arqueologia de Xingó). ele realmente se localiza aos pés da Hidroelétrica de Xingó, mas no município de Canindé do São Francisco em Sergipe e não em Belém do São Francisco no Para.

    • Verónica Savignano disse:

      Eu, editora deste blog e o professor Sinatora, autor deste post, agradecemos a correção do leitor Salomão e pedimos desculpas a todos os leitores pelo “pequeno” erro.
      Vamos acrescentar um GPS à relação de compras do Instituto!

    • Amilton disse:

      Prezado Salomão
      Devo duas desculpas. Uma ao município de Canindé por não ter dado o devido crédito. Outra ao munício de Belém por infelizmente ainda não conhece-lo. A sugestão adicional á compra de bussolas é a compra de remédios para a memória!
      Obrigado pela correção

Deixe um comentário