Um novo equipamento para teste de próteses
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26/11/2009Tanques de guerra e a tribologia
01/09/2009A se acreditar nos romances de Tom Clancy, um tanque de guerra dura em combate cerca de duas horas. Sobre este lapso não há muito que a tribologia pode fazer. Esta curta vida em combate esconde, felizmente, longas existências dedicadas a treinamento e vigilância. É sobre aspectos da vida dos blindados fora dos campos de batalha que tratamos neste artigo.
O exército brasileiro comprou da Alemanha 250 blindados Leopard 1 A5. Os primeiros chegarão ao Brasil em Santa Marina no Rio Grande do Sul, em novembro de 2009, juntando-se aos atuais 120 Leopard 1A1 em serviço, como informou a revista Carta Capital de 5 de agosto.
Estes tanques são uma grande oportunidade para a aplicação de conhecimentos de tribologia uma vez que, por razões evidentes, seus motores foram desenvolvidos para propiciar o máximo desempenho requerendo, por isto um aprimorado e sistemático programa de manutenções. Saber prever e ampliar o período entre manutenções é um desafio atraente para os tribologistas.
Os motores dos tanques são da empresa MTU-Engines and System Engineerig, tradicional fabricantes de motores de grande porte. Para os tribologistas, os motores dos Leopard apresentam outro atrativo, o de operar com tecnologia multi combustível, a mesma que, em princípio, é usada nos veículos flex fuel de uso civil. Este funcionamento com diferentes combustíveis leva a mudanças na pressão máxima de combustão com variações nas solicitações dos componentes do motor.
O aprendizado com estes motores poderia, em tese propiciar a pesquisadores civis as competências necessárias para otimizar motores semelhantes como os de locomotivas e pequenas embarcações. Trata-se de uma oportunidade a, no mínimo, ser considerada.
Amilton Sinatora