Os motores flex e o livro de Bowdem e Tabor. Procuram-se candidatos para a pesquisa!

Não sei o que está acontecendo com os motores flex. Entretanto, um dos candidatos a responsável pelos problemas de durabilidade, é a alteração do efeito lubrificante do…lubrificante.
Num livro muito instrutivo e agradável de ler, publicado em re-edição em 1966, The Friction and Lubrication of Solids (Oxford Classics Texts in the Physical Sciences), F. P. Bowdem e D. Tabor descrevem com detalhes de quem trabalhou muito no assunto a interação entre lubrificantes e os metais.
Eles ensinam que é importante separar o efeito do lubrificante do efeito do óleo base. Em linguagem de hoje, o efeito dos aditivos e do óleo lubrificante. O óleo base, fornecido pelas empresas de prospecção de petróleo, tem efeito importante na lubrificação hidrodinâmica e não tem efeito significativo na lubrificação limítrofe. Nesta, importante no início do funcionamento dos componentes lubrificados, o que interessa mesmo são os aditivos.
Muitos aditivos são ácidos orgânicos ou seus derivados. Aqueles pesquisadores mostraram que o efeito lubrificante é mais intenso (menor coeficiente de atrito) e mais duradouro (manutenção daquele coeficiente por mais tempo ou até temperaturas mais elevadas) quanto maior a cadeia carbônica, mais forte a ligação química entre a cadeia e o aço e maior a concentração da especie química do aditivo – boas pistas para os que têm que resolver os problemas dos motores flex.
Tudo isso é história e pode ser encontrado nos livros e cursos (esta apresentação trata do assunto)  Verificar se estas conclusões são válidas para os materiais empregados nos motores modernos, com os lubrificantes atuais é tarefa para o qual precisamos de investimentos e jovens talentosos. Candidados podem contatar o autor deste blogue ou o Instituto Nacional de Engenharia de Superfícies!!
Amilton Sinatora

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